domingo, 24 de maio de 2009

Duchamp.



Que seria dela sem toda essa confusão? É de sempre, já se pode esperar... aquelas idéias flutuantes dentro dos olhos que de fora parecem nada ver. Bate um papo ali, sorri de canto de uma piada qualquer, mas a cabeça... ah.. essa maldita cabeça, sempre.. sempre, imersa nesses pensamentos loucos que há de existir quem um dia vá entender. ..
O telefone toca, a água cai, o céu anoitece, as pessoas vem e vão e as idéias continuam lá, saltando das órbitas. Que será dela com todo esse torpor? Ela que já tentou de todas as formas ser outra pra ver se sei lá, o mundo a abraçaria mais, as pessoas lhe sorririam mais e ela até poderia ser mais feliz, mas já era de se esperar... os pensamentos, aqueles mesmos aí de cima, deixaram tudo como está.
Que se foi dela em meio a tanta confusão? Acho que não parece haver muito mistério, migrou pro mundo das idéias. É, ela e os pensamentos, foi-se de malas e cuia pra ver se lá achava alguma coisa que lembrasse um pouquinho que fosse o seu sentir. Deparou-se com tantos retalhos, as fases, memórias, momentos... tantos, se deu conta de que estava dentro de si. Difícil existir maior introspecção, mas se engana quem crê que ela pensa assim. Aceitação, é essa a palavra que repetia todos os dias ao acordar pra ver se um dia quem sabe conseguiria integrar o tal mundo. Estalar de dedos, e percebeu que estava diante de uma avenida lotada de transeuntes e prestes a esbarrar com um dos tais. Sorriu de olhar, fechou os mesmos.. e seguiu...seguiu...

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