terça-feira, 27 de dezembro de 2011

* * *

O dia inteiro em casa sem nada fazer

Esse tempo desacompanhado, tedioso…

Mas assim é a vida:

infinita nos momentos de solidão

* * *

Em cada papel um caco de pensamento

Uma ninharia de qualquer coisa

Sem cuidado ou relevância

Apenas diálogos soltos

Conversados em si próprio

* * *


quinta-feira, 11 de junho de 2009

De mar...

Eu poderia passar o resto dos meus dias avistando aquele mar. A minha volta, crianças brincavam, mulheres exercitavam seus corpos, outros liam um livro, casais eram felizes e ninguém se quer notava a minha existência ali. Tão presente quanto o grão da areia que todo mundo pisa mas não faz questão de olhar.
Mas aquele mar, ah aquele mar.. me engolia e trazia de volta qualquer sopro de alegria que um dia eu pudesse ter tido. Me lembrava que sim, de alguma maneira eu hei de ser especial para alguém, de alguma forma o meu ser faz algum sentido nesse mundo louco.
Pra que tanto questionamento por alguém que nunca vai entender? Quanta complicação, repetia pra mim... mas ser humana é assim mesmo, pensava eu pra tentar amenizar a dor. Faz parte mesmo, todo mundo passa.. decepção não é a primeira que tu tens pra se alvoroçar dessa forma.
Pena que o meu coração parece não saber disso tudo, ele nunca me ouve mesmo..

domingo, 7 de junho de 2009

Um lugar

Vem de novo aquela sensação... de lugar arejado com gente sentada em almofada e papo pro ar...
Cor, tem muita cor também.. um verde com branco que transmite uma Paz impossível de se descrever...
Tem também as cortinas, que balançam numa brisa leve.. com cheiro de outono
Engraçado isso tudo acontecer dentro do meu peito, não sei dizer se nesse lugar já fui ou se ainda vou pra lá... onde fica, quem mora...
Só sei dizer que me deixa tranquila e ao mesmo tempo agoniada de não estar lá....

domingo, 24 de maio de 2009

Duchamp.



Que seria dela sem toda essa confusão? É de sempre, já se pode esperar... aquelas idéias flutuantes dentro dos olhos que de fora parecem nada ver. Bate um papo ali, sorri de canto de uma piada qualquer, mas a cabeça... ah.. essa maldita cabeça, sempre.. sempre, imersa nesses pensamentos loucos que há de existir quem um dia vá entender. ..
O telefone toca, a água cai, o céu anoitece, as pessoas vem e vão e as idéias continuam lá, saltando das órbitas. Que será dela com todo esse torpor? Ela que já tentou de todas as formas ser outra pra ver se sei lá, o mundo a abraçaria mais, as pessoas lhe sorririam mais e ela até poderia ser mais feliz, mas já era de se esperar... os pensamentos, aqueles mesmos aí de cima, deixaram tudo como está.
Que se foi dela em meio a tanta confusão? Acho que não parece haver muito mistério, migrou pro mundo das idéias. É, ela e os pensamentos, foi-se de malas e cuia pra ver se lá achava alguma coisa que lembrasse um pouquinho que fosse o seu sentir. Deparou-se com tantos retalhos, as fases, memórias, momentos... tantos, se deu conta de que estava dentro de si. Difícil existir maior introspecção, mas se engana quem crê que ela pensa assim. Aceitação, é essa a palavra que repetia todos os dias ao acordar pra ver se um dia quem sabe conseguiria integrar o tal mundo. Estalar de dedos, e percebeu que estava diante de uma avenida lotada de transeuntes e prestes a esbarrar com um dos tais. Sorriu de olhar, fechou os mesmos.. e seguiu...seguiu...

domingo, 10 de maio de 2009

De começo.

Uma hora a gente tem que voltar.
Realmente. Não dá.
É muita idéia para uma cabeça só suportar...